Aos ficantes de plantão

Definitivamente estamos na sociedade do descartável. É incrível como a vida útil das coisas diminuem cada vez mais. Quer ver um exemplo? Compra um celular! O mais top do momento. No próximo mês, muito provavelmente, você já vai estar usando uma coisa ultrapassada.

Por um lado, isso é um bom sinal: estamos em constante desenvolvimento. Mas, por outro lado, essa situação pode estimular um consumismo desenfreado e isso não é nada bom. Mas o pior de tudo acontece quando esse sentimento de consumismo passa a ditar as regras do jogo em outras questões da vida, como o relacionamento humano.

Se a gente parar pra pensar um pouquinho, essa moda do "ficar" parece que foi inventada pelas grandes empresas, pelo comércio, por capitalistas extremamente ganaciosos!!!!!! A mesmíssima coisa que se faz com roupas, sapatos e outros objetos se faz com o homem e a mulher hoje: escolhe, leva pra casa (ou outro canto, ou consome no local mesmo) usa e descarta.

Muitos devem estar pensando: "e daí, a vida é minha eu faço dela o que eu quiser". Correto! Mas, e a vida da outra pessoa?

Olha a contradição: tanta tecnologia, tantas descobertas, tantos movimentos por garantias de igualdades entre as pessoas, e...  ao mesmo tempo tanto atraso quando ainda hoje somos capazes de usar alguém única e exclusivamente para satisfazer "desejos" (?) pessoais!

Sem contar com um grande porém nessa história: quando levamos um objeto pra casa temos que desembolsar uma verba pra isso. Tem um preço. E para usar uma pessoa, qual é esse preço?

Certamente, por se tratar de um PESSOA, ou seja, alguém que reflete a imagem do Todo-Poderoso lá de cima, alguém resgatado do pecado por um preço altíssimo (a vida do próprio Deus), essa pessoa deve valer muito, muito, muito mais do que qualquer dinheiro do mundo! Fala a verdade, vc se sentiu agora, ñ foi! É meu filho, Deus te ama muitão assim mesmo!!! Mas voltando ao assunto:

Abortos, doenças, implicações psicológicas, depressões, mágoas... Tudo isso são preços altíssimos que muitos jovens pagam sem saber porquê estão pagando.

Diante dessa realidade, a Igreja nos convida a refletir um pouco "se vale a pena ficar com alguém apenas por atração ou desejo; se vale a pena usar a outra pessoa e se deixar usar. Mesmo que as duas pessoas concordem com essa situação de usar e se deixar usar, precisamos pensar bem quais serão os reflexos desse relacionamento na autoestima e no processo de amadurecimento da afetividade."

Óbvio que temos a tendência natural a nos aproxirmamos e criarmos vínculos afetivos e emocionais, e nem devemos fugir disso. Mas precisamos dosar a velocidade e a forma como nos aproximamos.

E não é só porque o Papa, o padre de sua Paróquia ou quem quer que seja diga que as coisas devem ser assim. Mas se a Igreja nos dá esse puxão de orelhas é porque, antes de tudo, reconhece sua missão no mundo de ser aquela que proporciona o nosso encontro com Deus. Sua voz é a própria Voz de Deus que nos fala.

Jesus nos diz hoje: "Qual seria o pai que ficaria indiferente a olhar para o seu flho, seguindo anos e anos pelo caminho errado, sem que o pusesse de sobreaviso? Ou qual seria o pai que, vendo seu filho enganadao, ficaria em silêncio? Acaso o não poria de sobreaviso, mostrando-lhe a verdade? E poderei, então, Eu que sou Amor e Misericórdia, deixar-vos expostos a esses perigos, sem ir ao vosso encontro, para vos revelar a Verdade?...Procura compreender..." (Vol. II p. 270)

2 comentários:

  1. Gostei muito desta matéria, um assunto tão polemico e atual dos jovens do Brasil e do mundo inteiro.

    Observação: Falta colocar o autor(a) nesta e de cada matéria.
    Fiquem com Deus!

    ResponderExcluir
  2. Pois é, as vezes a gente sofre e não sabe pq é! Esse negócio de não poder conciliar juventude e santidade é papo de velho desenganado da vida e que quer nos desenganar também. Deus nos mostra que é possível SIM!

    Vc pode meditar mais nesse assunto no subsidio da CNBB "Aos jovens com afeto", que nos inspirou a escrever esse post! Deus te abençõe!

    ResponderExcluir